Conheça o Museu da Imagem e do Som

Por Luiza Chelegon Cúrcio
luiza@webcampinas.com.br

O Museu da Imagem do Som, localizado no centro de Campinas, é repleto de informação e cultura. Localizado no Palácio dos Azulejos desde 1996, exibe uma exposição permanente de fotografias, televisões e objetos de cinema desde 2002.

O prédio, que já foi residência de
Barão de Itatiba, passou por diversas restaurações. Como já foi sede da Prefeitura Municipal de Campinas, possui uma sala em sua homenagem.
A sala foi restaurada e possui um belíssimo lustre de cristal, que pode ser observado na foto ao lado.

A coleção de fotografias sobre a história de Campinas conta com 10 mil imagens, mas apenas 150 estão em exposição no momento. As fotografias retratam uma Campinas rural do século XIX que evoluiu fantasticamente até os dias de hoje. Esta sala é denominada
“A cidade é a imagem da cidade”
e recebe visitação freqüente de estudantes. Os estudantes Lamery Ramos, Asaph Batistuzzo e Pablo Navas da Rocha (foto) visitaram o museu por motivo educativo. Ramos comenta que sua parte favorita do museu é justamente a sala de fotografias. “Eu gosto muito de ver como tudo evoluiu”, comenta.

O agente cultural do museu, Cléber Moura Fé, relata que a maioria dos objetos foi recebido por meio de doações. “Os objetos viram lixo com o passar dos anos e a chegada da evolução”, comenta Fé. A sala de objetos antigos é repleta de cassetes, videogames, ilhas de edição manuais e televisores. “Muitas crianças vem aqui e se encantam com os videogames antigos”, completa Fé.

Só na sala de áudio do MIS é possível ver uma pequena exposição da primeira rádio de Campinas. A PRG-9, da década de 40, já recebeu a ilustre visita de Carmem Miranda. A sala é decorada com diversas gravuras de músicos tradicionais e da atualidade (foto ao lado). Ainda é possível observar vinis, gravuras e uma televisão da década de 50, com um formato muito inusitado (foto abaixo).

A sala de cinema é decorada com um projetor de cinema dos anos 30 (foto acima). Nesta sala é possível observar diversas produções que aconteceram em Campinas, com suas respectivas câmeras filmadoras. O filme João da Matta, o primeiro rodado em Campinas, foi produzido com essa obsoleta câmera de 35mm que pode ser vista na foto ao lado. Fé conta que Campinas passou por diversos surtos cinematográficos. A década de 20, época de João da Matta, foi palco do primeiro surto. Outros seguiram posteriormente.

O museu teve origem com os cineclubes das décadas de 60 e 70. “Era a época dos filmes de Super 8”, explica Fé. Os filmes exibidos no Museu da Imagem e do Som são muito variados, mas em sua maioria são filmes de arte. As sessões, gratuitas, acontecem às sextas (19h)
e sábados (16h). O teatro, com tecnologia atual, tem lugar para 40 pessoas. A programação pode ser encontrada aqui.

       24 de julho de 2008